quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Investimento de 955 milhões em Vilamoura cria lagos navegáveis com casas e hotéis


O projecto Cidade Lacustre inclui três lagos e vários canais, em redor dos quais vão surgir vivendas e apartamentos com decks sobre a água, piscinas e postos de amarração
Um conjunto residencial de vivendas e pequenos prédios rodeado de canais de água e de lagos navegáveis, pelo menos dois hotéis de luxo, dois aldeamentos turísticos e uma zona comercial são os principais atractivos do projecto Vilamoura, Cidade Lacustre, que representa um investimento de 955 milhões de euros e cujas obras devem arrancar no próximo ano.O projecto, que foi apresentado ontem no Salão Imobiliário de Lisboa, vai desenvolver-se numa área de 16.800 hectares junto à marina de Vilamoura, à praia da Falésia e a cinco campos de golfe. Para o local está prevista a construção de uma área de 316 mil metros quadrados, entre as vertentes residencial, comercial e turística.A água é a grande protagonista do projecto, que inclui três lagos e vários canais navegáveis, além de um total de cerca de 300 postos de acostagem, permitindo aos residentes e aos turistas circular no interior da Cidade Lacustre nos seus barcos privados, em táxis aquáticos ou nas pontes e caminhos pedonais que vão ser criados para o efeito. No total, segundo o director de relações externas da Lusort, haverá "300 mil metros quadrados de superfície de água e quase oito quilómetros de margem", estando prevista uma monitorização "em contínuo" da qualidade da água e a sua "renovação total" a cada 34 dias. O projecto prevê um investimento de 955 milhões de euros, dos quais 100 milhões são para infra-estruturas e 525 para a edificação das zonas comerciais, de mais de 2490 residências e de pelo menos dois hotéis de cinco estrelas e dois aldeamentos turísticos, com um máximo de 3085 camas. Jorge Moedas acredita que a construção das infra-estruturas poderá arrancar no primeiro semestre de 2008 e prolongar-se durante cerca de dois anos, após o que terá início a construção dos edifícios. As moradias e os apartamentos vão nascer na margem dos lagos, com decks projectados sobre a água, piscinas e postos de amarração para embarcações com um comprimento máximo de 12 metros. A zona central do complexo vai ter 14 mil metros quadrados de zonas comerciais, mais de 500 lugares de estacionamento subterrâneo e um palco central sobre a água, onde haverá espectáculos e animação. "É um projecto que certamente marcará o futuro de Vilamoura e do Algarve", afirmou o director de relações externas da Lusort, defendendo que o Cidade Lacustre, da autoria do estúdio de arquitectura de Rafael de la Hoz, assenta "num conceito absolutamente inovador" devido à sua "ligação à água". Segundo Jorge Moedas, a comercialização dos imóveis ainda não tem data para arrancar, mas já se sabe que a Inglaterra, Irlanda, Alemanha e Portugal serão mercados privilegiados para o efeito. A Lusort é um dos cerca de 160 expositores do Salão Imobiliário de Lisboa, de acordo com uma lista divulgada pela organização e que inclui promotores, mediadores, empresas de construção, instituições financeiras, gabinetes de arquitectura e empresas de gestão de condomínio. Cerca de 30 mil visitantes são esperados no Salão Imobiliário de Lisboa (SIL), que arrancou ontem e se prolonga até domingo no Parque das Nações, número que representa um acréscimo de 32 por cento em relação à última edição. A Câmara de Lisboa não está presente no certame, por razões de "contenção de custos", mas em comunicado apregoa a importância do SIL "como centro de negócios e de contactos imobiliários" e classifica-o como "o principal evento de dinamização do sector em Portugal".

Sem comentários: